Cliente: EDP Renováveis 

Atuação em: Ourolândia e Morro do Chapéu/BA – abril/2018 

Integratio Mediação Social e Sustentabilidade  

O DESAFIO 

Em 2017, a EDP Renováveis iniciou a implantação do Complexo Eólico Babilônia, empreendimento energético situado entre os municípios de Morro do Chapéu, Várzea Nova e Ourolândia, no estado da Bahia. A companhia, no intuito de buscar um padrão de atuação que atendesse as exigências legais e estivesse inserida no quadro global de sustentabilidade ambiental e de se fundamentar no propósito de contribuir com o desenvolvimento socioeconômico do seu território de inserção, se propôs a implementar uma estratégia de responsabilidade social que se mostrasse relevante para a região, respeitando as características, vocações, potencialidades, demandas e necessidades locais. 

A SOLUÇÃO 

Para direcionar a estratégia de investimento social, a empresa contratou a Integratio para a realização de um diagnóstico social das comunidades próximas à área do empreendimento, de modo a mapeá-las e conhecê-las em profundidade, subsidiando, assim, a elaboração de um projeto de responsabilidade social com todos os atributos e direcionamentos necessários à implementação. 

O Projeto EDP Renováveis Rural é uma iniciativa da EDP Renováveis que visa contribuir para o desenvolvimento social e econômico dos moradores das comunidades Olho D’Água do Fagundes e Gitirana, situadas no entorno imediato do empreendimento nos municípios de Morro do Chapéu e Ourolândia, respectivamente. Esse desenvolvimento ocorreu através do estímulo aos processos produtivos locais já́ desenvolvidos e em potencial, de modo a possibilitar a autonomia e organização comunitária para melhor aproveitamento dos recursos existentes no território. Além disso, o projeto também teve por finalidade prover alternativas sustentáveis e cooperativas para a melhoria da oferta de água local, auxiliando, assim, as comunidades na convivência com o clima semiárido da região. 

A iniciativa, cujo escopo, objetivos, indicadores e sugestões para a implementação foram elaborados pela Integratio, previu investimento social em cinco eixos temáticos prioritários que estão estrategicamente interligados: 

AGRICULTURA FAMILIAR: Apoio na qualificação da produção das famílias agricultoras e na convivência com o semiárido, apoio no fortalecimento da autonomia e organização comunitária, foco em atividades de baixo consumo hídrico: produção de sisal e palma, criação de galinhas (avicultura colonial) e apicultura (produção de mel); 

MELHORAMENTO PRODUTIVO E ESTÍMULO À CADEIA PRODUTIVA LOCAL: Estrutura e equipamentos de produção, insumos de produção, qualificação técnica e engajamento das famílias, estímulo e apoio ao microcrédito, engajamento de varejistas locais, formalização do negócio e acesso/interface com políticas públicas; 

MELHORIA DA OFERTA DE ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO: Definição e execução de estratégia para melhoria da oferta de água local a partir de estudo hidrológico da região, busca pela cooperação formal entre as partes envolvidas (poder público, comunidade e empresa); 

EMPREENDEDORISMO DE JOVENS E MULHERES: Fortalecimento da estrutura social das comunidades através do fomento ao empreendedorismo dos públicos jovem e feminino; oferta de cursos para prestação de serviços na área da beleza e serviços domiciliares; 

CULTURA E LAZER: Melhorar a oferta de opções de cultura e lazer em Gitirana e Olho D’Água do Fagundes, aspecto retratado como uma demanda e uma vulnerabilidade local no diagnóstico social das comunidades. 

A proposta foi trabalhar prioritariamente a questão econômica, interligando-a aos aspectos sociais e culturais da região. A economia local se caracterizou por uma forte vocação para a Agricultura Familiar, o carro-chefe deste projeto de responsabilidade social, através da avicultura (criação de galinhas) e da apicultura (criação de abelhas), bem como da qualificação para a produção de sisal e palma. Além disso, o fortalecimento da cadeia produtiva local através de capacitações e assessorias técnicas foi também um eixo temático importante no escopo deste projeto. Por fim, a iniciativa buscou também apresentar uma resposta a relevantes demandas e vulnerabilidades locais, que são a dificuldade de abastecimento de água para consumo domiciliar, o crescente protagonismo de jovens e mulheres e a baixa disponibilidade de opções de cultura e lazer nas comunidades. 

Em suma, o objetivo maior do Projeto EDP Renováveis Rural foi contribuir com a geração de capital, considerando os cinco níveis abordados pela ONU para a estruturação de modos de vida sustentáveis, a saber: financeiro, humano, social, físico e natural – com a intenção de que notadamente fosse feita a diferença na vida daqueles que dele se beneficiassem. 

A METODOLOGIA 

O Projeto EDP Renováveis Rural foi, portanto, um projeto para direcionar o investimento e a responsabilidade social no entorno do complexo eólico, que contemplou a análise da realidade local. A metodologia para o desenvolvimento do projeto foi um diagnóstico situacional, com análise de riscos e oportunidades sociais, além do mapeamento dos principais stakeholders locais por meio da realização de entrevistas semiestruturadas e de um diagnóstico participativo. 

O projeto elaborado pela Integratio foi implementado e estabeleceu diretrizes claras para viabilizar o investimento social e a mensuração dos resultados para as comunidades beneficiadas. 

Cliente: Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista – ISA CTEEP 

Atuação em: 456 municípios/SP, MG, ES, PR e MS– 2012-2019 

Integratio Mediação Social e Sustentabilidade  

O DESAFIO 

Milhares de quilômetros de linhas de transmissão sob responsabilidade da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP), controlada pelo grupo empresarial ISA, e suas subsidiárias estão distribuídos em diversos estados do Brasil, passando por áreas urbanas e rurais e fazendo parte do dia-a-dia de milhares de pessoas. Ao longo dos anos, com a expansão dos municípios e das áreas de plantação, a população passou a se aproximar cada vez mais das torres e cabos de transmissão, muitas vezes invadindo a faixa de segurança e a faixa de servidão, isto é, a faixa de terra abaixo das linhas de transmissão, que possui restrições de uso. Com as invasões, passaram a ocorrer acidentes, alguns infelizmente resultando em óbitos, como atropelamento de torres e danos aos cabos por veículos agrícolas, linhas de pipas e balões enroscados nos cabos, causando curto circuitos, queimadas em matas e reservas naturais e desligamento de cabos devido a incêndio de entulho jogado logo abaixo dos cabos, entre outros. Algumas das interferências citadas ocasionaram apagões, causando prejuízos muitas vezes irreversíveis à população, ao comércio e à segurança da população. 

A SOLUÇÃO 

A Integratio Mediação Social e Sustentabilidade, ao longo de sete anos, desenvolveu projetos com o objetivo de realizar atividades educativas, de orientação e de relacionamento voltadas às comunidades localizadas no entorno das instalações da empresa, principalmente em regiões consideradas de alta vulnerabilidade social, que representam riscos aos negócios da Companhia e/ou à população. Os programas desenvolvidos foram: 

• Projeto Amigos da Energia – Foco em escolas, demais instituições educacionais e de auxílio à população; 

• Campanha de Prevenção Contra Queimadas – Foco em público rural, com destaque às usinas sucroalcooleiras; 

• Programa de Prevenção de Riscos e Relacionamento com a Comunidade do Entorno das Linhas de Transmissão de Energia da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista – Foco em escolas, demais instituições educacionais e de auxílio à população, corpo de bombeiros e instituições rurais; 
• Programa de Comunicação Social (PCS) nas Áreas de Influência dos Empreendimentos da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista – ISA CTEEP e suas Controladas – Foco em instituições rurais e população residente a uma distância muito próxima das linhas de transmissão. 

As principais atividades realizadas foram palestras e treinamentos interativos em diversos formatos para se adequar aos mais variados públicos, desde crianças e adolescentes, até adultos e idosos, entregando materiais informativos e brindes igualmente diversos aos públicos em questão. As palestras abordaram temas relacionados à importância da transmissão de energia para o país, temas de responsabilidade socioambiental da empresa, riscos relacionados a queimadas irregulares, incêndios acidentais e circulação de maquinários agrícolas próximos das linhas de transmissão, o conceito de faixa de segurança e a importância de mantê-la limpa e desocupada. O descarte correto de resíduos e os perigos de empinar pipas e soltar balões perto da rede elétrica também foram amplamente explanados. 

Para o público rural, foi também explicado como identificar as tensões das linhas de transmissão para saber qual é a distância correta e segura para o plantio, principalmente de cana-de-açúcar, e as localizações corretas para os maquinários atravessarem as linhas de transmissão e trabalharem sem riscos de acidentes elétricos. Um público-alvo importante, que teve grande enfoque, foi o Corpo de Bombeiros, sendo possível, inclusive, a realização de palestras na Escola Superior de Bombeiros (ESB), escola de formação, capacitação, atualização e especialização dos bombeiros do Estado de São Paulo, além de outros estados do Brasil. 

Além disso, foram realizadas também visitas a propriedades localizadas dentro da faixa de servidão da empresa em diversos municípios, para que as instruções de segurança fossem dadas diretamente aos residentes locais, garantindo a orientação ao público que mais necessita. 

O RESULTADO 

Os programas de prevenção de riscos e relacionamento com a comunidade atenderam, durante os sete anos de atuação, escolas públicas, escolas técnicas, usinas sucroalcooleiras, ONGs, Secretarias Municipais, Casas  

de Agricultura, Corpo de Bombeiros, Centros de Referência em Assistência Social (CRAS), instituições que recebem idosos, Defesa Civil, associações de bairro, entre diversas outras instituições.  

Os resultados observados foram uma mudança de atitude da população, tomando mais cuidado quando se trata de energia elétrica. Propriedades rurais transferiram suas instalações muito próximas das linhas de transmissão para outras localidades e, assim, garantiram uma maior segurança para seus colaboradores, além de usinas sucroalcooleiras alterarem as áreas de plantio e construção de carreadores (estradas de terra) para oferecer menores riscos a seus funcionários.  

A equipe foi convidada pela equipe de Segurança do Trabalho de usinas sucroalcooleiras para retornar e dar continuidade ao trabalho de conscientização, ensinando aos novos funcionários como trabalhar em segurança, e também a participar da Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT).  

Ao retornar a regiões anteriormente trabalhadas, realizando um reforço e atualização das informações para o público escolar, muitos alunos informaram se lembrar das orientações de segurança passadas anteriormente e disseram que orientaram suas famílias sobre as formas corretas de descarte de resíduos e explicaram o porquê de não os descartar debaixo dos cabos de energia. Disseram ainda que deixaram de escalar as torres e de soltar balões e que se distanciaram mais das regiões onde as linhas de transmissão estão presentes para empinar pipas, diminuindo os riscos de contato destas com os cabos e reduzindo, assim, o risco de acidentes e apagões de energia. 

Ao todo, a Integratio atendeu entre 2012 e 2019 um público aproximado de 72.000 pessoas, que foram conscientizadas em por meio de, em média, 2.500 palestras, treinamentos e atendimentos distribuídos por 456 municípios dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Espirito Santo, Paraná e Mato Grosso do Sul. 

Integratio Mediação Social e Sustentabilidade  

O PROBLEMA 

Em 2016, a equipe da Integratio Mediação Social e Sustentabilidade, subsidiária da CPFL Renováveis, iniciou o trabalho social com a comunidade atingida por barragem da PCH Boa Vista 2, em Varginha. Na época os atingidos por barragem não acreditavam que o projeto seria executado, tendo em vista que outras empresas já haviam feito sondagens do projeto por diversas vezes nos últimos 20 anos, deixando os moradores resistentes e incrédulos com o empreendimento. Quando as obras iniciaram e se tornou claro para a comunidade local sua realidade, muitos moradores começaram a crer que a barragem seria danosa para eles, que perderiam suas casas, suas propriedades, que teriam seus direitos violados sem possibilidade de resistir. 

A SOLUÇÃO  

Em 2015, a equipe da Integratio esteve a campo para aplicar os cadastros socioeconômicos e investigar os problemas existentes para elaborar o Plano de Assistência Social – PAS/Barragem, que foi apresentado a população em audiências públicas. Também foram realizadas visitas domiciliares de apresentação da equipe, levando informações sobre a inauguração de um ponto de apoio, o Posto de Atendimento Social – PAS, que tem por objetivo principal a interlocução entre a comunidade atingida e a CPFL Renováveis. Foram realizadas reuniões coletivas com os atingidos, como preparação as negociações.  Com isso, a equipe realizou as primeiras visitas de negociação, acompanhando os negociadores, verificando se eram transmitidas informações claras ou se havia alto grau de vulnerabilidade social para continuação do processo.  

O RESULTADO  

O PAS/Barragem é um instrumento importante que subsidiou as ações com a comunidade, direcionando as atividades realizadas pela equipe da Integratio. As negociações ou remanejamentos, sejam individuais ou coletivas, por meio de dinheiro, carta de crédito, reassentamento coletivo, reassentamento em área remanescente ou caso especial (estudo de caso), foram realizadas com muito sucesso! 

Após a realização de mais de 327 visitas, 134 reuniões, todas as 67 negociações foram realizadas amigavelmente, inexistindo ações judiciais envolvendo os atingidos. Atingiu-se então o número surpreendente de 100% de negociações amigáveis!